quinta-feira, 29 de julho de 2010

A Dúvida do Sábio


Observo-a, mas não a compreendo, existência minha. Talvez porque não é para ser compreendida, talvez porque caimos no engano de achar que tudo deve ter um porque. Apesar de tentar me prender nos meus ideais, minha condição me deixa vulnerável. De forma constante luto para ser eu e luto para não ser, quem será então eu? Aquele que tento ser ou aquele que luta para não ser transformado? Engendrado numa rede insana de ideologias complexas, eu procuro constantemente minha essência... porque os ignorantes que me rondam parecem tão bem consigo mesmo? Será eu, tão preocupado com o meu saber, o mais idiota de todos?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Rotina


Ao erguer minha carcaça nessa manhã fria
Observando o caminho dessa maldita rotina
Esperando o desastre me salvar da nostalgia
Nos dias monótonos da existência maldita

Arrastando-me sigo pelo caminho previsivel
Nessa roda gigante chamada de destino
Será então minha salvação possivel?
Ou será minha sina seguir por esse caminho?

Como posso eu me acostumar com essa tortura?
De instantes completamentes diversos de loucura?
Loucura esta que não sei de onde provém
Quando em um breve momento me vejo refém

Logo percebo minha insanidade mental
Quando passei por uma lavagem cerebral?
Como é possível ter-me tornado um mazoquista?
Para que todos os dias retorne à essa rotina...


sábado, 12 de junho de 2010

Um Sentimento Chamado Solidão...


Caminhando sobre as sombras das árvores... sobre a superficie da grama... através do ar que preenche minha carne... através do que minha mente, em sua história, reproduz ser realidade... transparecendo esse conjunto de pinturas que se renovam a cada passo... eu vôo com a minha mente a qualquer lugar que eu quiser ir, num sentimento único que apenas a minha individualidade, enquanto ser, nesse lugar, pode reproduzir!

domingo, 23 de maio de 2010

Um Fardo... Uma vida... Um Suicida...


A vida segue tentando me enganar com sua alegrias passageiras, mas ao término de um ciclo como tal, eu volto para a minha decadência total. Olhando para o canto, sentado e pensativo, os dias monótonos passam deixando vestigios pelo caminho. Feridas que doem para cicatrizar e que só confirmam a teoria que o homem tende a se acabar. As poucas coisas que me dão prazer, tenho consciência que só me fazem esquecer, momentaneamente, a merda de vida que tenho para viver. Para que me apegar a momentanea alegria? Se tenho que conviver com esta sina. Para que viver esta sina se a tão confortante morte vai me livrar desse fardo que é a vida?

Croww V. Mephist

sábado, 22 de maio de 2010

Quando Um Velho Guerreiro Chorou...


Quando das luzes dos meus olhos saiu a consciência de que meu entusiasmo com o que antes era fator preponderante da minha existência era completamente diverso da forma como pensara eu em outrora... Quando ao observar os primeiros vôos de um pássaro que seguirá meu mesmo caminho eu encherguei a glória seguida da decadência nostálgica... Quando todos os dias monótomos me levaram a ter a opção de me arrepender ou de me orgulhar das minhas escolhas... Quando lembrei que não posso lutar contra as fraquezas e os instintos primitivos de minha raça... Quando enxerguei a realidade em minha volta... eu chorei!

Croww V. Mephist